domingo, 17 de julho de 2011

Um você

É só isso que eu quero, que eu preciso, que eu procuro - um você.
Um você que aceite meu eu, mesmo sem o entender sempre. Dono do abraço para meu refúgio, do sorriso para iluminar meus dias, dos olhos para eu me perder de forma segura. Você, que me queira apesar dos imprevistos e dos empecilhos; que me salve da criatura que me tornei, mostrando-me novamente a importância de se ter alguém com quem contar. Aquele que me faça rir com seu jeito e suas conversas, que divida comigo suas felicidades e seus problemas. Esse você que possa ser não toda a minha felicidade mas uma parte de grande importância na construção dela, pois ninguém deve depositar todas as suas expectativas em alguém e se manter passivo.
Não um você simplesmente e sim o meu você, para que haja assim uma reciprocidade de sentimentos, fruto de uma afinidade surgida sem saber bem o por quê nem como. Você, que eu espero um dia ainda encontrar.

sábado, 7 de maio de 2011

...

Às vezes a gente precisa muito de algo e normalmente esse algo é a coisa mais simples do mundo - um abraço, um colo, um carinho.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um (breve) adendo.

Não é por acaso que meu Quarto de Lembranças anda meio esquecido, largado, abandonado ou qualquer adjetivo que melhor convir ao seu ver. Ele está extremamente semelhante a mim.
Reviravoltas não param de mudar certos conceitos meus e a falta de tempo me impede de organizar a anarquia que se instaurou.
O post anterior, apesar de recente, não faz mais parte dos sentimentos e pensamentos vigentes
por aqui. Deixe-me explicar o porquê de forma sucinta e fragmentada (como de costume).
Um fim de namoro. A lembrança do namoro anterior. As comparações. O dilema interno. Os sentimentos ruins. As saudades. Um recado. A volta de maneira confusa dos mais diversos acontecimentos. As conversas. A esperança. A felicidade. A conversa. A decepção mais uma vez. O texto. Novos acontecimentos. A perda de importância da dita conversa.
Considerem que os três primeiros "tópicos" aconteceram ao longo de meses enquanto os demais se passaram em questão de pouquíssimas semanas, menos de um mês.
Entendam meu lado, por favor. No momento em que escrevi o texto, a conversa que me fez sentir tão mal, tão lixo (isso mesmo, lixo), havia ocorrido alguns dias antes e eu me encontrava com outros problemas. Às vezes é difícil querer alguém pra conversar e só ter uma folha em branco à frente para tanto. Não é fácil passar os dias sentindo a falta de um amigo ao seu lado, ainda mais numa fase de mudanças tão repentinas. Adicione a isso uma brusca queda nos níveis de estrógeno e progesterona e terá em sua mente o quadro de meu desespero ao longo daqueles dias.

Hoje me parece quase que patético sentir tanta falta de alguém que não demonstrou a menor consideração com meus sentimentos em diversas oportunidades.
Hoje tenho outras preocupações em torno das quais orbito. Admito que tanto foco em certos momentos serve apenas para ignorar outros problemas menos importantes.
Acima de tudo, hoje tenho coisas boas com o que me ocupar. Tenho boas lembranças cotidianas e pessoas com quem vale a pena me importar. Começo a me encaixar naquilo que escolhi para seguir e encontro incentivos para seguir na luta. Recuperei meus objetivos, criei novas metas.
Enfim, um problema de anos atrás é só um problema de anos atrás; não é e nunca deverá ser um problema de hoje.
Portanto, desculpe pelo lapso anterior.

Digressão Saudosista - 15.04.11

Talvez você não saiba o quanto me faz falta. Não, talvez não. Você realmente não sabe.
Eram tantas as coisas que eu queria lhe dizer que sempre engasgava e acabava por nada falar. Todas as vezes em que isso acontecia eu me fazia convencer de que palavras eram desnecessárias, de que o importante era simplesmente sentir.
E eu persisti nesse autoconvencimento por muito tempo. Acreditava que você era capaz de perceber o quanto eu gostava de tudo em você. Seus olhos, seu cheiro, seu cabelo, suas mãos, todo você. Eu amava cada gesto seu, desde os abraços aconchegantes e as brincadeiras sem graça que me faziam rir até as provocações - propositais ou não. A rotina que levávamos me fazia feliz e tentei fazê-lo perceber que não necessitava de nada mais do que a sua presença.
Contudo, hoje só tenho a sua ausência. Lembranças nossas são temas constantes na minha mente, nos momentos de sono e também nos de vigília. Seu fantasma insiste em me recordar de que você não faz mais parte da minha vida.

Agora só consigo pensar em tudo que gostaria de ter lhe falado. No final das contas apenas sentir não foi suficiente. Faltaram palavras e sobraram arrependimentos.
Mas eu reaprendi a viver. Viver sem a companhia do objeto amado mesmo em presença do sentimento. Segui novos rumos, apaixonei-me outra vez. Todavia, a vida me levou a mais caminhos diferentes e o amor que por tanto tempo tentei ignorar decidiu retomar seu espaço em meu coração e em meus pensamentos.
Não posso negar, você ainda mexe comigo (e sabe disso). Por mais que saiba das possíveis consequências negativas, ao primeiro sinal estarei pronta para reviver aquela felicidade.
O que estou falando? Sinal? Está bem claro que isso é impossível! Infelizmente minha felicidade não parece estar nem um pouco ligada à sua. Pensar assim é apenas ilusão e tudo o que menos preciso agora é me enganar.
Eu vou reaprender mais uma vez a viver sem você. Vou esquecer de novo o som da sua voz e a paz que a sua presença me proporcionava. Acima de tudo, vou apagar da minha memória o meu melhor eu.