quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O mundo de pontes e muros - 23.12.08

Então aquele era o oeste que ela tanto almejava... Mas ele parecia cada vez mais distante. Ela nunca pensou que o norte pudesse ser tão longe do oriente. Quando poderia ela finalmente ver o sol se pôr com calma?
Aquele era um mundo estranho, eram só muros e pontes. Até o momento os muros pareciam prevalecer. Alguns estavam sendo demolidos e o material reaproveitado para a construção de pontes novas que iam ficando cada vez mais belas.
Mas existia uma ponte que ela gostava mais. Que orgulho ela tinha daquela ponte! Levou anos para que criasse coragem para construir uma ponte daquelas, já que a última havia sido destruída em segundos e nunca mais reformada. Ela passara meses e meses olhando para aqueles destroços antes de criar coragem para voltar a derrubar muros, mas nunca para construir uma ponte semelhante. Talvez o medo de uma súbita tempestade, como a anterior, que lhe destruísse algo tão importante para ela. Porém ela tinha uma grande certeza de que não aconteceria dessa vez. Não, ela não sabe porque tinha tanta convicção e isso nem importa. O que importa é que ela começou a construir a ponte, que fica mais linda a cada dia!
Há outra ponte muito interessante nesse mundo. Não é uma ponte qualquer, é uma ponte móvel que existe por lá desde que as duas moradoras desse mundo descobriram que não estavam sozinhas nele. Atualmente ela está ligando norte e sul e, se tudo correr bem, em breve ligará oeste e sudeste. É uma ponte que está sempre desimpedida e em boas condições. Sempre que possível as habitantes desse planeta estranho e sem nome atravessam-na para se ajudarem.
Contudo, há algo que deixa a garota ainda triste. Ela não entende porque pontes antigas acabam despencando ou simplesmente surgem muros no meio delas. Talvez seja culpa da bruxa...
Sim, porque nesse mundo há uma bruxa. Sua tarefa é a de destruir as pontes das jovens e incentivá-las a construir muros. Sempre que elas tentam juntar material para novas pontes ela aparece com uma tempestade e as deixa ilhadas. Só que essas garotas se animam e começam a juntar novamente o material, na esperança de que da próxima vez a chuva não seja tão forte, mas suficiente para que as árvores cresçam e floresçam!
Se as garotas vão chegar onde querem e construir quantas pontes desejarem, sem muros a atrapalhar o movimento? Bem, isso é assunto para um próximo capítulo.
Afinal, o amanhã é imprevisível.

domingo, 23 de agosto de 2009

Tempo Adverso

Os ponteiros do relógio correm em ritmo constante. Não marcam nosso fluxo de consciência. Nossas impressões e sensações não obedecem à lei do tempo.
Não existe passado, presente ou futuro. O passado influencia o que fazemos no presente. Consequências do presente se apresentarão no futuro. Os três se unem e marcam apenas uma coisa: o conjunto que é a vida.
Tempo é relativo. Cada um tem o seu, cada um controla o seu. A única certeza é que ele nos conduz sempre. Estamos presos a esse conceito. Temos pressa para chegar ao trabalho mas não nos importamos em um pequeno atraso para a reunião de família, eles entenderão.
Meia hora em uma festa animada passa muito rápido; quando se vê, já é hora de ir embora. Porém, aquela meia hora esperando por um ônibus na chuva parece uma eternidade.
Perdemos muitos momentos por ficarmos presos ao relógio. Deixamos que ele decida o que devemos fazer, que comande nossas vidas. Para acontecimentos realmente importantes para nosso bem-estar estamos sempre “sem tempo”, deixamos “para uma próxima oportunidade”. E as obrigações tomam sempre o espaço do que nos faz bem. Não que ter obrigações não seja necessário, ao contrário. O problema é esse maldito ponteiro que nos persegue e nos prende, impulsionando-nos para as necessidades instantâneas e nos afastando das futuras.
Encontros desmarcados, risos perdidos. Tudo por uma ideia, um conceito. Deixamos que o tempo passasse a dirigir nossas vidas, viramos seres automatizados. É ele quem controla tudo e todos.
Perdemo-nos no meio dessa relatividade e nem ao menos tentamos fazer algo para mudar. Afinal, não temos tempo para isso agora.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

14 e 15.09.08


Estações do ano. Uma seqüência de mudanças, renovações, inícios e términos.
Primeiro, a bela primavera, perfumada e colorida. Que bom se todas as árvores permanecessem assim. Mas é inevitável a chegada do verão, que traz consigo lindos dias ensolarados e chuvas torrenciais. Logo em seguida vem o outono, e as árvores vão perdendo suas folhas, secando. Por fim, o frio inverno, solitário, nostálgico, época em que as árvores pouco se assemelham ao que foram durante a primavera.
Algumas árvores se fortalecem com as chuvas de verão e conseguem chegar ao inverno com ânimo e vontade, lembrando dos dias bons pelos quais passaram. Ao lembrar dos ruins, fazem-no de maneira a lembrar da força obtida com as intempéries.
Porém, existem as que preferem parar e esperar a chuva passar. Quando isto acontece, ela continua sua vida como antes, porém sem fortalecimento para as próximas e talvez piores chuvas.
Quem nunca viu uma forte árvore seca, ou uma frágil árvore florida?
Um cacto, com seus espinhos e seu grosso caule, áspero e seco, é pouco convidativo aos olhos, mas por dentro encontra-se uma grande reserva que o mantém vivo. Sua aparência rude não faz jus à sua complexidade interna; a cada seca essa planta fica mais forte e sabe o valor de uma garoa que seja graças às longas estiagens pelas quais passou.
Já a frágil orquídea, tão linda e rara, foge da chuva, esconde-se em meio aos galhos de outras árvores. Não sabe o verdadeiro sabor dos raios do sol nas folhas após uma tempestade, o prazer em manter-se viva com o próprio esforço e na companhia de outras plantas.
Há plantas que dependem parcialmente de outras, há as que o fazem totalmente, mas não há as que não dividem o espaço com outras, vivendo em mútua cooperação e harmonia.
Pessoas são árvores passando pelas diversas estações da vida, cada uma a sua maneira.
Espécimes semelhantes e ao mesmo tempo diferentes, os seres humanos têm o privilégio de escolher o que desejam ser. O verdadeiro eu é o que há dentro de cada um, assim como nas plantas. A essência do homem é como a seiva de uma árvore, seus mecanismos de defesa e sobrevivência. Cabe a cada um decidir como mostrar sua essência e aprender com as chuvas e secas, ser um cacto ou uma orquídea.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Coração Desvairado

É tarde, é muito tarde.
Há quanto tempo estou aqui?
Pensamentos vêm e vão. Um turbilhão de ideias, lembranças e ilusões me perturbam.
Foram tantos erros, deslizes, movimentos incertos. Palpites de todos os cantos, pessoas a dizer que atitude devo tomar. O que elas sabem de mim? De tudo que eu já passei? Dos meus sentimentos?
Não se coloquem mais em meu lugar! Eu não quero saber de “Se eu fosse você...”! Chega! Eu posso muito bem decidir que caminho tomar sozinha! Se eu escolher errado? Pra isso existem novos começos, por isso sou humana. Dou-me o direito de errar, direito que ninguém pode tirar de mim.
Sim, eu tenho medo. Vocês não? Um medo que me trava algumas vezes mas em seguida sempre me faz avançar. Eu não quero superar meus medos e desconfianças. Eu vou superá-los. Tenho força para isso.
Não há obstáculo intransponível, cada pessoa passa pelo que deve passar no momento certo. Eu hesito diante de todos, um instinto de sobrevivência me alerta do risco que vem pela frente. A razão manda mudar de rota, ir atrás de outras marés.
Porém meu coração é arisco. Não me atraem calmarias. Tempestades e ressacas me convidam a arriscar um pouco mais. Medroso e destemido, antagônico como eu. Ele é eu; eu sou ele. Esse insano me faz lutar contra meus maiores medos, leva-me a alcançar o descanso depois de nadar em maré alta.
Minha mente grita desesperada, pensa que tudo dará errado. Meu coração tenta acalmá-la. Faz-me companhia, incentiva-me.
Graças a ele encontro meu ancoradouro, meu porto seguro. Lá recupero minhas forças até que seja necessário um novo mergulho, mergulho no qual não vou sozinha.

domingo, 16 de agosto de 2009

O Quarto de Renata

E era sempre assim. Renata arrumava seu quarto de tempos em tempos. Mas a arrumação durava pouco tempo. Em determinadas épocas ficava tudo em seu lugar durante dias ou meses. Já em outras a organização sumia em questão de horas.
Ela decidira tirar uns dias de folga para colocá-lo em ordem. Recolheu os papéis avulsos que forravam o chão, palavras escritas que ela nem sequer se lembrava sobre o que diziam. Havia ainda fotos, lápis, canetas, e até mesmo anéis de latas de alumínio. Há quanto tempo não arrumava o recinto?
Ao recolher os objetos acabava por se lembrar do significado de cada um. Oras, anéis de latinhas não significariam nada para uma pessoa comum. Mas ela não era comum.
Sua memória relativamente fraca para algumas coisas se clareava ao ver algo ou sentir um cheiro familiar. Ela se acostumara a guardar o que pudesse ajudar a manter suas lembranças. Os anéis eram apenas uma das coisas que lembravam seu avô. Inicialmente uma coleção boba para que sua tia pudesse fazer uma bolsa com eles. Essa senhora falecera antes de fazer o presente para a sobrinha. Porém, o avô da garota continuava a guardar todos os anéis que conseguisse para ela. Ele se fora há mais de um ano e o costume permaneceu com ela e seus primos. Terminada a latinha de cerveja, retiravam o anel e entregavam a Renata. Era uma forma que encontraram para se lembrarem dele.
Guardou todos os anéis largados e partiu para as canetas e lápis. Pontas quebradas, tubos sem tinta ou quebrados. Quanta coisa inútil... Bom, lixo.
Ela hesitou ao pegar os papéis. Lá estavam todas as suas lembranças, boas e ruins, misturadas no turbilhão de emoções daquele quarto.
Quantos assuntos inacabados, cartas esperando uma resposta que ela nunca enviou. Recados escritos e não entregues. Tantas palavras que ela desejara ter dito e não o fez por falta de coragem, tantas tentativas de comunicação e auxílio que ela preferira ignorar por medo...
Como não percebera que estava se destruindo agindo daquele modo? Afastara a felicidade por viver presa a algo que não existia mais...E ainda por cima culpava os outros pelos problemas que ela mesma criava, que absurdo!
Não, ela não era mais desse jeito. Lutou muito contra si mesma e aprendeu a lição. Não iria se abater por algo tão fútil novamente.
Ajeitou os papéis como lhe conveio. Tudo arquivado da melhor maneira possível, quarto limpo.
Renata voltaria a viver. Nascera uma vez mais.


Obs.: Renata do latim, nascida novamente / renascida.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Antítese Mundana

Choro.
Uma mãe procura comida no lixo. Seus dois filhos choram. A fome é grande.
Ela encontra um pouco de alimento. Não é suficiente para todos. O filho mais novo está muito fraco. Ela e o filho mais velho comem o que foi encontrado. O pequeno olha para ambos e chora.
A fome mata.
É um fim de tarde no mundo.

Risos.
Crianças brincam em meio ao esgoto. Correm seminuas, divertindo-se com essa liberdade.
Elas voltam para casa, hora de almoçar. O cardápio é o mesmo de sempre: bolachas de argila, uma mistura de manteiga, água, barro e sal.
A fome mata.
É um dia ensolarado no Haiti.

Choro.
A garota acabara de almoçar. Uma prato completo e nutritivo. Arroz, feijão, bife, batata, saladas e para finalizar uma deliciosa torta de morango.
Ela não conseguia nem respirar de tanto que comera. Ao chegar no quarto, olhou-se no espelho. Como estava gorda...E ainda por cima comera tanto no almoço, que absurdo! Agora aquelas calorias iriam deixá-la mais gorda e feia! Não podia permitir isso.
Foi ao banheiro. Iria livrar-se de todo aquele veneno.
É um dia como outro qualquer no mundo.

sábado, 8 de agosto de 2009

A Visita

Passos no corredor assustaram-na. Acostumara-se a ouvir somente o som da própria respiração. Barulhos que não fossem provocados por ela mesma eram estranhos, soavam como fruto da própria imaginação ou uma vaga lembrança de um passado não tão antigo assim.
Pôs-se em guarda sem saber de onde vieram aqueles passos. Quem estaria andando por lá a essa altura? Quem descobrira aquele obscuro corredor? Tinha certeza de que apagara as luzes que conduziam qualquer um até lá meses antes. Prova disso era a falta de visitas. Mas isso não a incomodava. Tanto fazia alguém aparecer por ali ou não. Era até melhor.
Os passos pareceram ficar ainda mais próximos. Encolheu-se num canto bem a tempo de ouvir batidas na porta. Ora, fosse quem fosse logo veria a escuridão lá dentro e decidiria por ir embora.

Mais batidas. A curiosidade era grande e ela decidiu olhar pelo olho mágico e descobrir quem era o misterioso visitante. Um estranho provavelmente, nenhum conhecido se atrevia a enfrentar aquela escuridão para vê-la.
Soou a campainha. A insistência instigou-a. Talvez fosse bom abrir uma fresta pra ver o que a pessoa queria. Ao mesmo tempo saciaria sua imensa curiosidade e descobriria quem era.
Tentou falar para a pessoa esperar um momento, mas a falta de costume no uso da voz não permitiu um aviso. Ao invés disso apenas um sussurro tímido saiu de sua garganta, dito mais para si mesma do que para os outros. Idiota, ele não vai ouvi-la nesse tom.
Risos vieram de fora. Ele ouvira não só o sussuro, mas também o xingamento que ela imaginava ter apenas pensado. Boba. Qual o problema de ter alguém na porta? Simplesmente abra!
Mais risos, dessa vez mais audíveis. E algo foi dito lá fora. Já não está na hora de abrir essa porta e as janelas para o sol entrar?
Um pouco de medo tomou conta da moradora. Que aconteceria ao abrir a porta? Seria seguro? E as cortinas pareciam tão pesadas, conseguiria abri-las sozinha?
É por isso que estou aqui, pestinha. É mais fácil do que você pode imaginar, não precisa ter medo.

Pestinha. Ela tinha esquecido de como era ser chamada por um apelido carinhoso. O que era aquilo que ela estava sentindo dentro dela? Estaria passando mal? Seu coração estava acelerado, suas mãos tremiam e sentia uma leveza dentro de si, como se borboletas voassem em seu estômago. Como era mesmo o nome que davam a essas borboletas?
Frio na barriga. Risos, agora não só de fora.
Há quanto tempo não ria? É verdade, frio na barriga. Nome estranho pra se dar a essa sensação. Ela parecia lembrar aos poucos do que vivera. Parecia ter passado tanto tempo... O silêncio é realmente traiçoeiro, engana a todos. Segundos viram minutos e horas parecem segundos de acordo com o silêncio em que se vive.
Então?
Ele não era mais um estranho. Havia uma ligação mais forte e inexplicável entre visitante e moradora. Ela olhou para a porta em uma última reflexão. Realmente, já é mais do que tempo de abrir aquela porta e ver o pôr-do-sol novamente.
Onde deixara a chave?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Um velho perfil, porém atual

Segundo o maninho, eu sou o Leitão do Pooh, o Po do Teletubies e o Tatá da Cinderella.
Segundo a mamãe, eu sou a boloqueta.
Segundo o papai, eu sou linda.
Cada um com a sua opinião. Não sou o que dizem, nem o que acham. Sou apenas eu mesma.
Conheço meus defeitos e minhas virtudes. Sei do que gosto e do que não gosto. Sei que já fiz muitas coisas erradas, mas não me arrependo, pois foi graças a esses erros que aprendi coisas novas e ganhei experiência. Já fiz coisas boas e ajudei algumas pessoas, mas não fiz isso esperando algo em troca, pois encontro minha felicidade no sorriso alheio, na alegria de quem ajudei, não nos "obrigados" ou nos reconhecimentos. Já chorei por motivos bobos, já ri por motivos mais idiotas ainda. Já fiquei até de madrugada no msn conversando com amigos apenas por diversão ou para fazer companhia a alguém. Já quase morri de ansiedade esperando alguém ou algo chegar. Já fiquei tão feliz que nem conseguia dormir. Já fui chamada de louca e de sonhadora. Já acreditei tanto nas pessoas a ponto de ficar cega. Já duvidaram tanto de mim que até eu mesma passei a duvidar de que fosse capaz. Já passei por "maus-bocados", já tive momentos tão felizes que cheguei a voar com os pés no chão. Já viajei para lugares tão lindos que perdi o fôlego. Já me preocupei tanto com o futuro e com o passado que acabei esquecendo de que vivemos no presente. Já tentei mudar meu jeito de ser, mas descobri que minha essência é imutável, que sempre serei desse jeito e hoje sou feliz por não ter conseguido alterar a pessoa que há dentro de mim. Uma menina que às vezes quer agir como mulher, a mulher que às vezes quer agir como menina. Uma garota que chora com histórias românticas, que ri de piadas toscas, que tem um humor negro, mas ao mesmo tempo sabe ser delicada e carinhosa nas horas certas. Uma menina que se esconde por medo, mas que várias vezes obedece seu lado mulher e "sai da toca". Aquele lado adulto que enfrenta o mundo de cabeça erguida, mesmo sabendo que ainda vai tropeçar muito pelo caminho. A garota que segue seu instinto feminino, e por isso erra muito, mas não se deixa abalar. Aquela pessoa que tem sempre uma vozinha falando o que fazer ou então tentando alertá-la de que algo está errado. A criança que se perde em pensamentos olhando pro céu, que fica triste quando não consegue ver as estrelas e que fica radiante ao assistir desenhos ou ao ganhar um presente, por mais simples que este seja. A pequena que não liga para o valor material do que tem, pois gosta muito mais daquilo que tenha algum valor sentimental para ela. Um ser que não vê prazer maior do que ter um livro, um gibi, um mangá ou uma revista em quadrinhos para ler, ou então em poder assistir algum filme, mesmo que seja aquele que ela já viu inúmeras vezes. A adolescente que tem medo de fazer escolhas erradas e de não ser tão boa quanto esperam que ela seja, mas mesmo assim se arrisca. Uma menina que sonha de olhos abertos mesmo correndo o risco de cair, pois acredita que não há mundo melhor do que o da nossa imaginação, onde não temos limites; mas também é a adulta que sabe quando deve colocar os pés no chão para encarar a realidade. Aquela jovem que não gosta que lhe digam o que deve fazer, que preza sua liberdade, sua família e suas amizades mais do que tudo. Uma pessoa que gosta de andar por novos caminhos, que não gosta de ir pelo caminho traçado porque adora fazer novas descobertas. Aquele alguém que sabe que a vida não é fácil e aprendeu a continuar lutando, vivendo um dia de cada vez por saber que a vida melhora a cada passo que damos. A menina que não acredita que exista um fim, a adulta que acha que o que todos pensam ser o fim é apenas mais um recomeço.

domingo, 2 de agosto de 2009

Sem título.


Sabe aqueles dias que você abaixa a cabeça, desanimado, e acha que tudo está errado? E bate aquela saudade das pessoas que não passam mais todas as manhãs do seu lado?
Mas o problema não está nos outros, muito menos no mundo. O problema é você, que não vê toda a perfeição a sua volta e não nota que tudo está o mais correto possível. Afinal, só crescemos porque encontramos obstáculos cada vez maiores na vida. E qual seria a graça de viver sem dificuldades?
Por isso, é melhor aprendermos a parar de nos esconder e mostrarmos o sorriso lindo que todos têm, aquele que vem de dentro, personificando nossas mais belas emoções.
Devemos lembrar dos grandes amigos que fizemos durante nossa caminhada, mesmo que não estejam sempre ao nosso lado, pois sempre habitarão um espaço dentro de nós.
E por que não agradecermos os amigos que cresceram conosco e continuam ao nosso lado por forças do destino que ninguém compreende, mas deixa todos felizes por elas existirem e nos manterem unidos por tanto tempo?
Porém, não nos esqueçamos das "brigas" de todos os dias que só reforçam o sentimento que temos um pelo outro, mostrando-nos a importância que algumas pessoas têm para nós.
E pra finalizar: além de manter velhos amigos ao nosso lado ou dentro de nossos corações; admirar as belezas que existem nesse mundo a fora; sorrirmos para animar o dia do próximo, que muitas vezes têm problemas reais e não coisas fúteis como as que você chama de "seus problemas"...Fique sempre feliz por perceber que a cada passo que damos, encontramos mais e mais pessoas maravilhosas, que iluminam nossos dias só pelo fato de existirem.

sábado, 1 de agosto de 2009

Erros - 2006

Erros. Cometidos sempre pelos humanos. É típico de nós. Eles vêm para que aprendamos algo. Alguns erros irão se repetir para que vejamos o que realmente devíamos ter aprendido.
Mas os homens não admitem um erro. Por orgulho, desejo de superioridade. Sentimentos parentes da inveja que são a ruína humana. O desejo de ser superior, ter fama, faz com que ataquemos uns aos outros. Destruímo-nos para nos sentirmos realizados. Essa realização interior a nada nos leva.
Quando erramos, devemos admitir esse erro sem medo de repreensões. Se alguém errar, perdoe. Acabe com a indiferença existente entre todos. Evite que o poder dela sobre os homens aumente cada vez mais.
Faça o máximo que puder, mesmo que pouco. O seu pouco unido ao pouco de outros originará um muito que ficará maior com o tempo.
Cometa vários erros. Aprenda com eles.
Sonhe. Viva a realidade.
Seja você mesmo e não o que as outras pessoas desejam que você seja. Demonstre os sentimentos que estão gritando para sair. Simplesmente seja feliz.