quarta-feira, 22 de julho de 2009

Beleza não tão bela

O individualismo não é algo incomum na sociedade atual. Valores pessoais foram depositados na aparência. Para se sentirem parte do mundo, pessoas modificam seus corpos, muitas vezes de maneira brutal.
Através da mídia, famosas passam uma idéia de supervalorização da aparência, seguindo determinadas características – o “mesmo” cabelo, lábios grossos, magreza... Os meios de comunicação usam temas relacionados à beleza em campanhas com imagens da mulher moderna realizada, com uma vida de sucesso e bem-estar pessoal. Essa massificação de modelos culturais acaba com a diversidade estética e leva culturas inteiras a mudarem seus padrões de beleza.
É claro que as mulheres não teriam como se adequarem a tais padrões se a tecnologia não houvesse se desenvolvido tanto. Com tecnologias cada vez mais avançadas, fazer cirurgias plásticas (entre outros processos) não tem tantos riscos como antes, o que leva até mesmo adolescentes a se submeterem a processos cirúrgicos em busca do corpo perfeito.
É nessa busca incessante que se sustentam algumas doenças que caracterizam uma epidemia silenciosa. O preconceito contra a obesidade e o culto à magreza criam um paradoxo: a beleza está em ser magra, mas a indústria alimentícia vende produtos calóricos e ricos em carboidratos. Para se livrarem dessa contradição, mulheres adotam dietas hipocalóricas e fazem exercícios físicos, muitas vezes exageradamente; outras ficam depressivas, quando não passam a sofrer de anorexia ou bulimia.
A globalização, apesar de intensificar as relações sociais em escala mundial de maneira que os países possam ajudar uns aos outros a crescer, mantém a antiga regra de que quem tem maior poder econômico controla todos os campos, do político ao ideológico. O Ocidente, até hoje mais influente, penetra na cultura oriental de tal forma que a absorve e substitui, destruindo não só identidades individuais, mas também a identidade de todo um povo.

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