sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Um velho perfil, porém atual

Segundo o maninho, eu sou o Leitão do Pooh, o Po do Teletubies e o Tatá da Cinderella.
Segundo a mamãe, eu sou a boloqueta.
Segundo o papai, eu sou linda.
Cada um com a sua opinião. Não sou o que dizem, nem o que acham. Sou apenas eu mesma.
Conheço meus defeitos e minhas virtudes. Sei do que gosto e do que não gosto. Sei que já fiz muitas coisas erradas, mas não me arrependo, pois foi graças a esses erros que aprendi coisas novas e ganhei experiência. Já fiz coisas boas e ajudei algumas pessoas, mas não fiz isso esperando algo em troca, pois encontro minha felicidade no sorriso alheio, na alegria de quem ajudei, não nos "obrigados" ou nos reconhecimentos. Já chorei por motivos bobos, já ri por motivos mais idiotas ainda. Já fiquei até de madrugada no msn conversando com amigos apenas por diversão ou para fazer companhia a alguém. Já quase morri de ansiedade esperando alguém ou algo chegar. Já fiquei tão feliz que nem conseguia dormir. Já fui chamada de louca e de sonhadora. Já acreditei tanto nas pessoas a ponto de ficar cega. Já duvidaram tanto de mim que até eu mesma passei a duvidar de que fosse capaz. Já passei por "maus-bocados", já tive momentos tão felizes que cheguei a voar com os pés no chão. Já viajei para lugares tão lindos que perdi o fôlego. Já me preocupei tanto com o futuro e com o passado que acabei esquecendo de que vivemos no presente. Já tentei mudar meu jeito de ser, mas descobri que minha essência é imutável, que sempre serei desse jeito e hoje sou feliz por não ter conseguido alterar a pessoa que há dentro de mim. Uma menina que às vezes quer agir como mulher, a mulher que às vezes quer agir como menina. Uma garota que chora com histórias românticas, que ri de piadas toscas, que tem um humor negro, mas ao mesmo tempo sabe ser delicada e carinhosa nas horas certas. Uma menina que se esconde por medo, mas que várias vezes obedece seu lado mulher e "sai da toca". Aquele lado adulto que enfrenta o mundo de cabeça erguida, mesmo sabendo que ainda vai tropeçar muito pelo caminho. A garota que segue seu instinto feminino, e por isso erra muito, mas não se deixa abalar. Aquela pessoa que tem sempre uma vozinha falando o que fazer ou então tentando alertá-la de que algo está errado. A criança que se perde em pensamentos olhando pro céu, que fica triste quando não consegue ver as estrelas e que fica radiante ao assistir desenhos ou ao ganhar um presente, por mais simples que este seja. A pequena que não liga para o valor material do que tem, pois gosta muito mais daquilo que tenha algum valor sentimental para ela. Um ser que não vê prazer maior do que ter um livro, um gibi, um mangá ou uma revista em quadrinhos para ler, ou então em poder assistir algum filme, mesmo que seja aquele que ela já viu inúmeras vezes. A adolescente que tem medo de fazer escolhas erradas e de não ser tão boa quanto esperam que ela seja, mas mesmo assim se arrisca. Uma menina que sonha de olhos abertos mesmo correndo o risco de cair, pois acredita que não há mundo melhor do que o da nossa imaginação, onde não temos limites; mas também é a adulta que sabe quando deve colocar os pés no chão para encarar a realidade. Aquela jovem que não gosta que lhe digam o que deve fazer, que preza sua liberdade, sua família e suas amizades mais do que tudo. Uma pessoa que gosta de andar por novos caminhos, que não gosta de ir pelo caminho traçado porque adora fazer novas descobertas. Aquele alguém que sabe que a vida não é fácil e aprendeu a continuar lutando, vivendo um dia de cada vez por saber que a vida melhora a cada passo que damos. A menina que não acredita que exista um fim, a adulta que acha que o que todos pensam ser o fim é apenas mais um recomeço.

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